segunda-feira, 29 de abril de 2013

Escrevendo novamente...

Voltei a escrever. Fiquei tanto tempo envolvida com outras coisas que esqueci, por instantes, o prazer que a escrita me dá. Costurei. Li, Bordei. Cuidei do jardim. Trabalhei.
Fiz todas estas coisas ao longo dos meses de 2013. E já está acabando. Abril se foi.
Completei 29 anos de casada. Assisti o vôo solo das minhas filhas. E vivi  cada dia deste ano. Só que sem escrever. E que falta me fez. Li poemas. Li romances. Descobri novos autores. Fiquei encantada com o Daniel Galera. Redescobri a poesia do Leminski. Descobri a Carol Bensimon. E conclui que o meu grande amor é o Mario Quintana. É quem me consola na inquietude. É quem me diz, de forma simples, o óbvio. Sem ser. Ferreira Gullar, Drummond, Fernando Pessoa, Rilke, Leminski e tantos outros... Mas nada se aproxima do que o Quintana me dá.
E eu voltei a escrever depois que li, várias vezes, cada pedacinho do " Velório sem Defunto". E a vida e a morte, dita por ele é sagrada. Quem leu me entende. Quem conhece o Quintana sabe o que eu estou falando.
Redescobri que a minha escrita é urgente. Escrevo, a maior parte do tempo, para mim. Assim como mato a minha fome. Assim como esvazio a minha bexiga. É uma necessidade que me mantém viva. Talvez por isto tenha me sentido com menos encantamento. Estava mais de expectadora. Agora voltei a atuar. Quem escreve me entende. E quem não escreve, por favor se aventure. É mais do que catarse. Mais do que auto-conhecimento. É a vida pulsando através das letras...