quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dias esquisitos!

Dias esquisitos.
Alguma coisa ronda...
A necessidade de mudança.
A necessidade de utopia.
Um pouco de sonhos.
O cansaço da hipocrisia.

Dias esquisitos.
Uma tristeza na alma.
Um desejo de sonhar.
Um pouco de incerteza.
Um medo de esperar.
A esperança em doses miúdas...

Dias esquisitos.
Não os quero mais.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Escrevendo novamente...

Voltei a escrever. Fiquei tanto tempo envolvida com outras coisas que esqueci, por instantes, o prazer que a escrita me dá. Costurei. Li, Bordei. Cuidei do jardim. Trabalhei.
Fiz todas estas coisas ao longo dos meses de 2013. E já está acabando. Abril se foi.
Completei 29 anos de casada. Assisti o vôo solo das minhas filhas. E vivi  cada dia deste ano. Só que sem escrever. E que falta me fez. Li poemas. Li romances. Descobri novos autores. Fiquei encantada com o Daniel Galera. Redescobri a poesia do Leminski. Descobri a Carol Bensimon. E conclui que o meu grande amor é o Mario Quintana. É quem me consola na inquietude. É quem me diz, de forma simples, o óbvio. Sem ser. Ferreira Gullar, Drummond, Fernando Pessoa, Rilke, Leminski e tantos outros... Mas nada se aproxima do que o Quintana me dá.
E eu voltei a escrever depois que li, várias vezes, cada pedacinho do " Velório sem Defunto". E a vida e a morte, dita por ele é sagrada. Quem leu me entende. Quem conhece o Quintana sabe o que eu estou falando.
Redescobri que a minha escrita é urgente. Escrevo, a maior parte do tempo, para mim. Assim como mato a minha fome. Assim como esvazio a minha bexiga. É uma necessidade que me mantém viva. Talvez por isto tenha me sentido com menos encantamento. Estava mais de expectadora. Agora voltei a atuar. Quem escreve me entende. E quem não escreve, por favor se aventure. É mais do que catarse. Mais do que auto-conhecimento. É a vida pulsando através das letras...


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Brasileiros e brasileiras!

Brasileiros e brasileiras!
Recebo, diariamente, mensagens indignadas contra corrupção, impunidade, barbáries contra animais, violência sexual, abusos de todas as formas. Recebo mensagens que criticam os indiferentes. E outras dizendo que Deus é o senhor. Deus é fiel e nos salvará.
Recebo pedido de amigos que nem conheço. Recebo emails encaminhados por pessoas que foram encaminhadas por outras pessoas e, que por sua vez, mandam mensagens contra impunidade, corrupção e, assim por diante.
Assino abaixo assinados. Compartilho algumas coisas que julgo importantes e, principalmente, participo de tudo aquilo que julgo importante.
Hoje, para minha surpresa, depois de enxurradas de mensagens e mobilizações contra Renan Calheiros, fui a uma manifestação quase vazia. Onde estavam os indignados? Aquelas milhares de pessoas que reclamam do Senado? Reclamam da impunidade. Reclamam da falta de credibilidade do nosso país. Não encontrei muita gente. Poucos estudantes. Alguns representando a UFRGS. Alguns representando movimentos chamados: Chega!; Basta!; Novo Brasil!...
Alguns idosos. Muitos, na verdade, em relação aos jovens. Pessoas com cartazes. Outras gritando palavras de ordem. Até o:"Povo unido jamais será vencido!", aos berros pelos parcos manifestantes.
Senti uma profunda tristeza. Estava com a minha filha. E estava triste. Envergonhada. Triste com aquele vazio. Com aquele reflexo de uma sociedade desorganizada e altamente individualista. Uma sociedade que se mobiliza pela internet mas não sabe mais como se reunir, fisicamente. As pessoas, sem jeito, chegavam ao local marcado. Sozinhas. Esperando encontrar um número significativo de pessoas. Mas... Onde estavam estas pessoas? Estava quente. Um dia de verão abafado. Era domingo. Tinha GRENAL. Tem muita gente que ainda está curtindo os últimos minutos de férias... E muitas outras justificativas.
Então, brasileiros e brasileiras, gostaria que soubessem que, sem uma sociedade civil organizada nada mudará. Enquanto nos escondermos atrás do nosso conforto, comodismo e medo, a sociedade seguirá a mesma. Vários Calheiros estarão no poder. Vários assassinos estarão soltos. E a impunidade reinará absoluta para sempre e sempre... E sempre.
Lembram como lutamos pelas diretas? E a Constituinte? Alguém lembra? Como o Collor sofreu o impeachment? Lembram?
Talvez um pouco de utopia seja o que nos falta. Só um pouco. O suficiente para acreditarmos que a nossa voz não se calará. E que os nossos direitos serão respeitados e garantidos. Só isto! Simples assim! Agora é só tirar a bunda do sofá e fazer alguma coisa...
 


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Dias de afastamento!

Tanto tempo sem passar por aqui...
A vida continua me oferecendo coisas incríveis. E tantas, tantas, que não dou conta de escrevê-las. Fico por aqui, dando conta de vivê-las. E sonhando em fazer mais coisas, com mais tempo e mais organização.
Descobri o prazer dos panos, agulhas e costurices em geral.
Fico um tempo descobrindo coisas para fazer. Outro tempo publicando na minha nova página. E outro tempo costurando. No meio do caminho eu cuido do meu jardim. Que é o alimento da minha alma. Cuido da minha família, da minha casa e da economia doméstica. Neste papel, especificamente, eu estou indo mal. Não estou conseguindo viver bem neste país sem inflação mas que o meu dinheiro não dá conta. Abastecer o carro? Um susto. Pagar as taxas de água, luz, telefone e otras cositas más? Devo estar fazendo alguma coisa errada. E preciso aprender, urgentemente!
Mas, tenho o prazer dos livros. E tenho feito grandes descobertas literárias. Descobri o Daniel Galera e o seu maravilhoso "Barba Ensopada de Sangue". Descobri Carola Saavedra, no seu bom texto "Toda Terça". E a vida me oferece a boa leitura antes de dormir. Deito na minha cama gostosa, fofa e cheirosa e... Leio até os olhos ficarem pesados. 
Mas, não estou escrevendo. Não estou conseguindo escrever. E isto significa que estou administrando muito mal o meu tempo. A escrita é puro prazer. É a minha catarse. E eu não estou escrevendo nada. Abandonei o blog... Sinto saudade daqui. Sinto saudade de vocês. Sinto saudade da boa troca que havia por aqui... E, hoje, eu gostaria de desejar a vocês uma boa noite. Criativa! Feliz! Cheia de lindas palavras. E, tomara que eu volte a escrever. E volte a passar por aqui... E reencontre vocês!
 
 
 
 


sábado, 5 de janeiro de 2013

Novo Ano! Nova Vida!

Mais um ano que passou. E uma nova etapa que se segue. Não tem como ser diferente. As resoluções são inevitáveis. Ler mais. Comer menos. Mais exercícios. Mais tempo. Tenho quantos anos? 50? Bom, então talvez esteja na hora de fazer mais coisas pelo prazer. Pelo prazer de viver mais e melhor. Pelo prazer da alegria. Amar mais não é piegas. É uma mensagem que nunca lemos suficientemente. Sempre perdemos para as bobagens corriqueiras. O humor azedo. A falta de paciência. A velha mágoa... Ressentimentos. Esquecemos que, em algum momento, decidimos ser mais amorosos, viver com mais compaixão... Quando mesmo? Ah! No último dia do ano... Bom, a resolução deste ano é não esquecer o que resolvi. Resolvi ser mais feliz? Checado! Resolvi ter mais tempo para os meus pequenos prazeres? Checado! Menos mágoa e mais tempo para amar? Ok! Então está acertado. Neste 2013 vou ler mais, comer menos, amar mais, ter paciência no trânsito, caminhar mais e, talvez, manter bem vivo, lá no fundinho da alma, a necessidade de mudar sempre. Um pouquinho a cada ano... Até que um dia, quem sabe, ficarei bem do jeito que desejo. E aí? Bom, aí pode acabar!

sábado, 8 de setembro de 2012

Quando abraçamos os amigos!

Tem coisas que valem tanto, tanto... Que faltam palavras para descrever. O reencontro de grandes amigos que o tempo manteve afastado por infinitas razões... Quanto vale? Aquele tanto, tanto que referi... Um encontro de almas amigas, com tantas coisas marcadas, tantas memórias felizes, tanto carinho que a palavra "tanto" insiste em aparecer, e aparecer tantas vezes que é um tanto complicado explicar a felicidade que foi este reencontro. Pude abraçar meu querido Ivoran Piazzetta, amigo de longa data, das cadeiras da PUCRS, dos jardins, dos bares, das calçadas e da vida. Olhei em seus olhos e reencontrei ali todo aquele afeto da nossa juventude, quando pensamos em mudar o mundo, mudar as coisas, mudar em nós tantas e tantas coisas, mais uma vez... E mudamos! Abracei a minha querida Izabel Soares, colega de tantas histórias, de tantos risos e alguns prantos. Estava ela aqui, bem pertinho de mim, mais uma vez, com todo nosso amor, aquecendo nossas almas. Que coisa boa! E o Eduardo? O Eduardo Orestes Barato, com o seu mesmo jeitinho doce e meigo de falar pausado, contar as histórias com a mesma ternura daquele tempo. A vida não infestou o meu amigo com maldade ou amargura. Ele segue carregando uma paz incrível. Sentamos, ao redor de uma mesa, os três colegas, meu marido, também nosso colega e eu formando um pentagrama, contando histórias de vida tão diferentes e tão iguais. Em algum momento somos os mesmos. Ali, naquele reencontro, quando nossos olhos se cruzaram e as histórias foram contadas, relembrando bons momentos, outros colegas e tantas coisas inacreditáveis, guardadas por uns, esquecidas por outros... Naquele momento encontramos pedaços nossos, daqueles remotos dias dos anos 80. Com o mesmo brilho, a mesma expectativa e o mesmo afeto latente que nos uniu e nos une, desde então. Trinta anos se passaram... A vida, neste momento, me ofereceu um forte e afetuoso abraço nestes amigos que amo. A vida me ofereceu um encontro de extrema alegria e felicidade. E que venham mais encontros destes, com mais colegas queridos... E que a gente possa abraçar o Carlos Assis, a Silvana Krause, a Ada querida, o Paulão, o Serginho... E tantos outros que estão aqui, marcados dentro da minha alma. Que reencontro feliz. Que felicidade ter amigos! Hoje amanheci com a alma leve e com um encantamento que só o amor entre amigos pode nos oferecer.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Minha janela vê!

Minha janela vê além do outro lado da rua.
Passa as casas, os prédios, as árvores...
Segue longe, a minha janela, bem além.
Passa os jardins, as calçadas movimentadas e o céu azul.
Segue pelo rio até o mar.
Minha janela corre o mundo em instantes.
E volta ao meu olhar...