sexta-feira, 30 de março de 2012

Jardins!

Cortar a grama. Tarefa necessária e preciosa. O barulho da máquina abafa o barulho da terra. Pedacinhos de grama são levados pelo vento... Aparar os cantos do jardim. Outros pedaços de grama teimosos, que se negam a sair. Grama aparada e linda. Poda do jasmim. Outra tarefa necessária. Ele cresce e invade tantos espaços. Dói cortar esta planta tão linda, mas, infelizmente, há um limite de espaço que precisa ser respeitado. Se morasse no mato... Existe um limite de propriedade que limita a expansão das plantas. E o jasmim foi podado porque a sua natureza não respeitou este desconhecido limite. Guardei seus galhos e fiz lindos vasos que perfumam a minha casa. Saíram da rua e vieram para dentro de casa, com todo seu aroma e beleza. Mais um pouquinho de vida. Mais poda. E com ela o meu pedido de desculpas. Me sinto uma invasora em cada corte necessário. Arrumei os gerânios, as onze horas, as lavandas e as florzinhas de mel. Jardim sem ervas daninhas. Jardim lindamente arrumado. O dia de céu azul emoldurou este momento de puro prazer. E fico me perguntando, como consegui viver tantos anos sem um jardim para cuidar. Cada momento no meu jardim renova a minha paixão pela vida, pela natureza e por toda beleza que nos brinda. Somos brindados todas as manhãs e todas as tardes, com a cor do céu, as nuvens, as borboletas, as plantas e seus cheiros... O vento e a chuva. E toda a claridade da vida. Somos brindados todas as noites, com a lua, as estrelas e o bichos noturnos. Outros sons... E um silêncio que apazigua a alma. Meu jardim brilha de dia e descansa durante a noite. Fica quieto e orvalhado. Sem borboletas e sem pássaros. Dormindo para o despertar da manhã. Abro a minha porta e descubro a felicidade de cuidar de cada planta, cada canto desta terrinha linda. O jardim se transforma em mais uma coisa para eu amar e cuidar. E esta responsabilidade me enche de vida. E de prazer!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Viver em Porto Alegre...

Viver em Porto Alegre... Há quem diga que é uma província. Dizem que tem mentalidade de cidade pequena. Reclamam dos horários dos bares e restaurantes. Reclamam do número de salas de cinema... Reclamam. E amam. Porque a grande maioria das pessoas amam Porto Alegre. Quem nasceu aqui. Quem foi acolhido pela cidade. Quem, como o querido Mario Quintana, desvendou a alma da cidade: "Cidade do meu andar, desde já tão longo andar e talvez do meu repouso." Quem entende a razão das lojas de bairro fecharem ao meio dia. Quem entende os horários dos bares e restaurantes e, principalmente, quem se dá o direito de descobrir em cada esquina, cada canto, cada pedaço desta terra, um lugar especial. Uma árvore. Uma casa. Um jardim. Um prédio pretensioso, outro sem pretensão alguma. E as ruas... Cresci no Menino Deus. Desvendei as ruas do bairro com a minha Caloi vermelha. A Botafogo, Getúlio Vargas, Ganzo, Bastian... Estudei na Duque de Caxias e conheci o centro da cidade. Brinquei na Praça da Matriz. Depois descobri outros lugares. Fui morar na Tristeza e arrebatada por uma propaganda que dizia: "Venha ser feliz na Tristeza!". E fui. Morei na Landell de Moura, caminhei pela Mario Totta, Wenceslau Escobar, Armando Barbedo e fui amando o Guaíba. Já amava na minha infância, quando me banhava em suas águas, em Belém Novo. O lago Guaíba era RIO e, limpo. Agora dizem que é lago e que suas águas são poluídas... São! O Guaíba é impróprio para banho, mas dá um banho de beleza. Suas águas brincam de mudar o humor da cidade. Tem dias calmos, de águas esverdeadas ou prateadas. Tem dias de ondas marrons. Mal humorado com o vento... E lindo. Sempre lindo! Espera o dia todo o momento do por do sol. E eu fico por aqui, esperando as tonalidades do céu, imaginando como será o do dia seguinte. Sim, porque cada dia o sol dá um show. E, quando o sol está escondido, camuflado, desaparecido, o entardecer dá um jeito de ficar bonito, mesmo nos seus tons de cinza. E Porto Alegre adormece. Amanhece. E eu me sinto completa por aqui. Moro na rua Pasteur e descubro outros cantos da cidade, outras ruas pequenas sem saída. Novos trajetos de caminhadas. Perto do Guaíba. As águas dele me regem. Quando vivi fora da minha cidade estava em estado de exílio. Me sentia uma estrangeira, reconhecida pelo sotaque e, talvez, pela ausência de brilho no olhar. Porque a saudade ofusca os olhos. E nos ausenta. Ficava um tanto perdida, sem referência, longe das águas do Guaíba, longe do sotaque e muito longe dos cheiros floridos desta terra. Aqui tem flores o ano todo. As árvores dão as cores às estações. E os perfumes se espalham pelo ar. Viver em Porto Alegre é um pouco disto. Um pouco do perfume de flor, um pouco do vento minuano, um pouco da cantoria das nossas vozes. Cantamos mais do que falamos. Nosso sotaque é lindamente musicado. Tomamos chimarrão pelas ruas. Adoramos o nosso time de futebol. Temos a bandeira do estado em algum lugar da nossa casa. Em forma de adesivo, em um caderno ou em pano, exposta ou guardada em algum móvel. Viver em Porto alegre é passear no Brique da Redenção. É andar de lotação. É achar o Mercado Público enorme e jurar que por lá se encontra de tudo... Amo esta cidade. E queria ser só um pouquinho do Quintana para poder colocar em palavras todo o esplendor que ela possui. Guardo e respeito as minhas limitações - e declaro, simplesmente, meu amor incondicional pela minha terra natal - onde estou, aqui ou bem longe, carrego esta cidade cravada na alma.
Feliz aniversário, minha querida cidade!
E que eu viva em ti por muitos e muitos anos.

domingo, 25 de março de 2012

Preguiça de domingo

O que é um domingo perfeito? Depende do domingo... Passeio pelo brique, show, caminhada, almoço em família... Ou, algumas vezes, ficar em casa. Aproveitar a preguiça do domingo. Por que algumas vezes o domingo é muito preguiçoso. Sair da cama lentamente. Demorar muitos minutos para pensar o que quer comer... Depois ler o jornal... Dúvida? Televisão ou livro. Livro e o embaralhar das letras. Soninho. Porque domingo preguiçoso que se preze tem que ter muitas cochiladas. Aquela feliz sensação de dormir tantas vezes que nem se sabe se ainda é domingo ou a segunda já chegou... Mais um momento feliz de alívio quando o domingo segue preguiçoso. Tv. Filmezinho lento, comédia romântica e mais uma dormidinha. Banho? Sim, banho morno para tirar a preguiça do corpo. Claro que depois do banho morno bate um soninho de novo. E assim segue. Entre as cochiladas, as tentativas de leitura, de assistir um filme ou fazer qualquer coisa, a vitória da preguiça... E aquela sensação de que a segunda feira vai chegar depois de muito descanso... Como é bom ter um domingo preguiçoso e cheio de ilusões...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Estou outonal!

O outono...
As ruas de Porto Alegre estão se preparando para esta estação maravilhosa. As flores seguem embelezando a cidade com um breve ar de despedida. As árvores estão apegadas às suas folhas, num momento de magia. E depois... O desprendimento. Literal. Quando a paisagem fica mais amarelada. As folhas despencam e os galhos mostram todo seu esplendor tortuoso. O céu fica num tom mais acinzentado e a cidade respira diferente. A noite se prepara para o frio. E eu fico por aqui, mais outonal do que nunca. Esperando pisar nas folhas de plátanos. Esperando a queda da última flor da minha estremosa. Vivendo os minutinhos do outono com a graça e encantamento que ele possui. Ele, o outono. Não ela, a estação. Porque o outono é masculino. É arrebatador. Uma estação a ser descoberta... Porto Alegre, hoje, mais do que nunca, "me faz tão sentimental"... E cantarolo a música do Fogaça por aqui... Feliz outono para todos. E comemorem o aniversário da minha cidade querida, com toda a magia que a data oferece.

sábado, 17 de março de 2012

80 anos da minha tia...

A vida me ofereceu, no dia de ontem - 17 de março - o aniversário de 80 anos da minha querida tia Ecilda. Mais do que comemorar o aniversário, foi uma celebração de vida e afeto. Estavam ali, reunidos, os parentes próximos e distantes. Uma verdadeira reunião nostálgica, onde se encontravam, nas feições, os parentes mortos. Cada um carregava em si um pouco da histórias dos outros. Um pouco do pai, da mãe e daqueles que se foram. Entre rugas e cabelos grisalhos redescobrimos as crianças que fomos. Falamos sobre o passado. Lembramos e fomos lembrados em histórias pitorescas. Uma maratona de recordações. Pedacinhos nossos carregados pelos outros. E outros tantos pedaços que carregamos dos outros, espalhados, reencontrados numa sessão de carinho, afeto e amor. Minha tia querida completou 80 anos. Uma mulher que, viúva, saiu do interior e veio para a capital prestar concurso para o Banrisul. Deixou a filha e, depois de tudo acertado foi buscá-la. Trabalhou, casou de novo, teve mais filhos. Acolheu a família em sua casa. Socorreu quem dela precisou. E viveu a vida dela, com suas próprias verdades e seus sonhos. A vida me ofereceu este momento de alegria. Uma oportunidade de abraçar e falar de amor. Uma oportunidade de dizer a ela o quanto a admiro pela mulher a frente do seu tempo. Uma oportunidade de amar o que a vida nos oferece...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Curtir ou não curtir, eis a questão!

Curtir ou não curtir, eis a questão. As coisas estão tão superficiais que vamos perdendo a capacidade de interpretar as palavras. Lá no Houaiss existe uma definição simples para curtir: aproveitar, desfrutar ao máximo. Mas, por conta da nossa infinita capacidade de brincar com as palavras curtir virou gíria - eu curto, eu gosto. Além de aproveitar intensamente. No facebook o curtir aparece embaixo dos posts e links. Ou seja, concordamos, curtimos, apreciamos, gostamos? Às vezes sim, outras só concordamos com as palavras que seguem a postagem. Em outras, há que curta por curtir. Já vi muita gente curtindo pedofilia. Acho que as pessoas nem param para ler. Um amigo publicou? Legal, eu curto. Mas, pior do que curtir ou não curtir é a patrulha dos que curtem. Ou seja, se eu penso diferente corro o risco de receber mensagens complicadas. Agressivas. Esquisitas. Digo esquisitas porque este espaço virtual deve ser democrático. Pretende ser democrático. E na democracia convivemos com ideias e opiniões diferentes, divergentes... Nem por isto temos o direito de xingar, agredir, enxovalhar. Ops! Desculpa. Na verdade numa democracia deveríamos ter o direito de expressão livre, mesmo quando esta expressão agrida o outro? Está na hora, depois de tanta tecnologia e facilidades para a nossa comunicação, de reaprendermos a nos comunicar. Não estamos mais rasgando cartas, queimando livros e apagando o que nos agride. Mas estamos ofendendo, agredindo e denegrindo imagens. Eu, particularmente, não curto violência. Não curto agressão. Curto a liberdade de expressão responsável. Digo aquilo que possivelmente elaborei previamente. Há quem acredite que isto nos faz perder a autenticidade. Talvez. Mas talvez tenha chegado a hora de medir as palavras. Pensar nelas com a importância que elas tem. E sair por aí, curtindo, aproveitando e vivendo intensamente aquilo que realmente acreditamos. Seja o que for...

P O E S I A

As letras brincam
Se misturam harmoniosamente
Uma vogal
Uma consoante
Juntas buscam o som

E aparece a rima
E os sons brincam com as letras

De repente entram
As lágrimas
E o riso
E a felicidade

E as letras brincam de palavras
As palavras brincam com os sentimentos
E surge a mais bela

p o e s i a


terça-feira, 13 de março de 2012

Enfim, a chuva!

Enfim, a chuva. Depois de dias de calor intenso uma brisa no ar... As folhagens dançam no embalo do vento. A brisa é fresca. O céu em tons de cinza. E o cheiro da terra molhada anunciando que a chuva estava próxima. Raios. Trovões. E a desejada chuva chegou. Nem os pássaros saíram em alvoroço. Nem a minha gata ficou inquieta. A chuva foi desejada. Caiu como um alívio de águas. E fico aqui, na janela, assistindo o espetáculo da natureza. Hoje, a chuva não foi como lágrimas do céu. Estava mais para uma grande faxina, com a lavagem dos salões celestiais, para um grande baile. Era assim, que a  minha avó explicava as tempestades para mim, quando muito pequena, em Jaguari. Esta explicação fez todo sentido no dia de hoje...

domingo, 11 de março de 2012

Desilusão...

Quando a dor é forte busco refúgio. Se a dor é física busco remédio. Repouso. Corro atrás da saúde... Se a dor é na alma fica mais complicado. Durmo. Espero passar. Choro um pouco. Durmo mais um pouco e penso. Penso tanto... Sentido de dor e desilusão. Por que dificultar a vida? As coisas podem ser tão simples. Magoar os outros. Provocar dor. É triste demais a desilusão. A decepção. A vida oferece doses diárias de amor, alegria e, infelizmente, de dor. Conviver com os outros, conviver com as diferenças nem sempre nos traz paz. Mas... Sigo acreditando nas pessoas. E, só para me fortalecer, vou dormir mais um pouco.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Hoje sou mato!

Hoje sou mato
Folhas verdes
Cheiro de terra molhada
E um pouco de cor

Sou cor da rosa
Rosa branca
Sou um pouco jasmim
Sou um pouco margarida

Hoje estou chovendo
Chuva forte e muito vento
Pingos grossos que
furam a terra

Hoje sou mato
Hoje me espalho em galhos
Hoje sou mato
Sou natureza viva

Estou viva!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Minhas Tardes com Margheritte

Tem coisas que são tão bonitas que não cabem em palavras. Não! São tão bonitas que precisam de muitas palavras. E, mesmo assim, a gente fica repetindo: lindo! que lindo! E as palavras ficam pequenas. Assisti, tardiamente "Minhas tardes com Margheritte". Filme maravilhoso. Poesia na tela. Beleza. Delicadeza. As palavras diziam tanto que nem lembro se o filme tinha trilha sonora... Coisas do cinema, que nos arrebata e muda os sentimentos de lugar. A alegria vira lágrima. A palavra vira poema. E até os pombos deixam de ser os ratos que voam... Descubro beleza onde achava feiura. E a vida me oferece contemplação, surpresa... E tantas outras coisas que as palavras, neste momento, me faltam. Quem não viu? Por favor, veja. Quem viu e não gostou? Por favor, veja novamente. Fui arrebatada. Meu coração está leve. Minha alma feliz. Meus olhos mais ternos...


segunda-feira, 5 de março de 2012

Felicidade Interna Bruta

A Felicidade Interna Bruta - O quanto um povo é feliz? O Butão foi pioneiro. Conheci este pequeno país através dos olhos do Multishow, em um programa "No Caminho", apresentado pela Suzana Queiroz. Fiquei encantada. Povo feliz, sorridente, orgulhoso da sua cultura e extremamente afetuoso. Afetuoso no sentido literal da palavra - carinhoso, amigo, afável e com compaixão. Eles pregam e prezam a compaixão. Talvez aquele estilo de vida nos pareça precário. Há pouco eles tem internet. A cultura deles é completamente diferente da nossa. Mas, de alguma maneira, o que eles tem, basta...
Como mediríamos por aqui, a Felicidade Interna Bruta? O tempo de espera de um ônibus? O quanto a gente confia no poder público? Qualidade das escolas? E o atendimento médico? O que é felicidade para nós? É segurança? Ética na política? Nos orgulhamos do que somos? E o que somos?
Acredito que a felicidade vai além do tempo de espera em filas... Acredito que ela esteja dentro daquilo que somos. Em como nos sentimos. Povo com síndrome de vira lata não consegue ser feliz. Eu quero o melhor. Quero uma política transparente, onde os representantes representem, de fato, quem os elegeu. Quero escolas com professores bem remunerados e qualificados. Infra estrutura. Quero saber como os impostos são investidos. E em que? Quero ser feliz sabendo que as pessoas não sentem fome. Sabendo que existe justiça. Quem rouba, mata, engana, será punido. Quem não rouba, nem mata, não será festejado. Isto é o que se espera. É o mínimo que podemos esperar - uma convivência pacífica, de compreensão e compaixão. Ou não?
Bom, por enquanto vou instituindo este medidor na minha casa. Vou fazer como o Betinho: "Para mudar o mundo, começa cuidando do teu quintal, da tua rua..." Vou ver como anda a Felicidade Interna Bruta, por aqui...

Jogo de Palavras

Imprescindível. Indispensavél. Obrigatório. Habitual. O que é necessário. O que eu quero. O que eu preciso. O que eu não vivo sem... Brincando com as palavras... O que eu desejo? Vontade de conseguir... Ambição... O que eu preciso? Ter necessidade de... Carecer; indicar com precisão... Querer... Nem precisa brincar com o dicionário. Nem precisa de sinônimos... O despertar é o querer. Quero escovar os dentes. Quero água. Quero café. Quero um dia feliz... Quero saber o que é imprescindível. Quero viver com o indispensável. Quero cumprir o que é obrigatório. Quero compreender o habitual. Quero desejar o que é preciso. E desejo seguir na brincadeira com as palavras, com os desejos e com todas as ânsias que a vida me traz. Por que viver é imprescindível!

domingo, 4 de março de 2012

A Beleza... Que comove...

Quanta beleza tem o por do sol... Quanta beleza tem o anoitecer... Há uma breve poesia no ar. No balanço do vento, no aroma da noite, no passar do tempo... Há um momento que congela todo o encantamento com o luar. Estou aqui, agora. Respiro este momento. E me sinto tão intensamente viva que sinto vontade de chorar...

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ser e estar (Mario Quintana)

Um pouco do maravilhoso Quintana...

Ser e Estar

A nuvem, a asa, o vento,
a árvore, a pedra, o morto...

tudo o que está em movimento,
tudo que está absorto...

aparente é esse alento
de vela rumando um porto

como aparente é o jazimento
de quem na terra achou conforto...

pois tudo o que está imerso
neste respirar do universo

- ora mais brando ora mais forte
porém sem pausa definida -

e curto é o prazo da vida...

e curto é o prazo da morte.

Meu pensamento do dia!

"Uma casa sem doce é como um corpo sem alma..."

O tempo...

Os dias passam lentamente... E eu fico feliz. A pressa dos minutos pode ser avassaladora. A calmaria nos dá uma breve sensação de eternidade... Tenho todo tempo do mundo. E me arrasto pelas tarefas cotidianas com um ânimo especial. Me arrasto naquela alegria de quem conseguirá fazer tudo que se propôs... Assim é o tempo. Às vezes passa voando, outras vezes brinca de lentidão.
Amanheceu sem sol. Onde ele estará? Escondido por aí, brincando com as nuvens e dando uma trégua aos dias excessivamente quentes. Em dias assim, a preguiça das horas nos dá mais mobilidade. Ainda é cedo e fiz uma montanha de coisas... 
Hoje, estarei envelhecendo em outro ritmo. No ritmo feliz do tempo cheio. No ritmo feliz de todo tempo que eu possa desejar...