quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como nossa vida poderia ser...

Como nossa vida poderia ser caso não estivéssemos sobrecarregados pela necessidade adicional e dolorosa de sermos nós mesmos. Seria uma indagação? Sim! E uma indagação do Alain de Botton, no seu livro "Religião para Ateus". Desde que li fiquei com a frase martelando a minha cabeça. E a sentença virou uma pergunta. Que virou uma instigante dúvida existencial, acompanhando outras tantas... Mas, fazer o que? Como poderia ser a nossa vida se pudéssemos nos reinventar diariamente. Porque acordamos com os compromisssos assumidos na noite anterior. E com a carga que carregamos ao longo dos anos. Aquilo que somos mais aquilo que pensam que somos. Como se isto não bastasse,e ainda tem aquilo que desejamos ser. Será? Bom, na dúvida resolvi despejar por aqui todas as minhas incertezas de hoje. Digo, HOJE, porque é bem possível que elas mudem. Sou um pouco assim. Além da necessidade de ser "eu mesma",tenho a necessidade adicional de entender porque preciso mudar a todo instante. PRECISO é o termo certo. Porque uma insatisfação absurda toma conta de mim quando as coisas ficam muito iguais. Sabe aquela necessidade da vida ter um "toque" especial todos os dias? Pois é, compartilho disto. Preciso fazer isto para o dia valer a pena. Não são grandes feitos, mas as pequenas coisas... Aquelas coisinhas que amenizam a sobrecarga de sermos nós mesmos... Aquilo que esperam de mim? Ok! Dei conta. Espero. Mas o que eu espero de mim? O que tu espera de ti? Como poderia ser a nossa vida caso não estivéssemos tão preocupados em prestar contas? Não é só fazer o que quiser. Não, isto é irresponsabilidade. É fazer aquilo que se deseja, em quase todos os momentos. Quase... A vida poderia ser mais leve se, em alguns momentos pudéssemos deixar de lado toda esta sobrecarga de sermos nós mesmos aos olhos dos outros. Mesmo que seja no escuro do quarto, às portas fechadas, em momentos quietos e tranquilos... Momentos nossos, sendo um pouquinho o que a gente é, sem medo de ser assim... Deste jeito. Seja ele qual fôr.

Um comentário:

  1. uma questão muito curiosa minha cara amiga. Mas eu a redefeniria: Como seria a vida se pudessemos ser em todos aqueles "eus" que nos definem por dentro em lugar de viver a certeza de um unico rosto? afinal, abdicamos de tantas coisas para nos tornarmos o que somos que no final de tudo já não samenos mais quem somos...

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