segunda-feira, 2 de julho de 2012

A Delicadeza dos Relacionamentos!

As relações são delicadas. Mesmo que se viva décadas ao lado de uma pessoa, tem dias que não é possível falar, com ela, sobre assunto algum. Palavras medidas, pensadas e, mesmo assim, soam erradas. A delicadeza das coisas. Pai e mãe são afetos garantidos? Sim! Mas as palavras trocadas precisam ser pensadas, elaboradas, porque qualquer descuido abre crateras emocionais. Fendas imensas que vão aumentando ao longo da vida e criam um distanciamento inacreditável. E os filhos? Vale para todos os amores. Cuidado com as palavras. Cuidado com o humor. Cuidado com a sinceridade dos sentimentos. Porque a delicadeza das relações é inexplicável. Amigos de longa data se magoam por coisas que nem sabemos bem explicar. Foram palavras que proferi? Alguma careta que fiz? Onde foi que eu errei? Sim, porque este constante cuidado com as relações acabam criando uma exaustão emocional tamanha que o melhor remédio é o "mea culpa". Pronto! Errei! Desculpa. Vamos seguir em frente? Não é possível viver sem ter com quem compartilhar a vida. A alegria só é real quando compartilhada. E um mundo de mágoas e rancores não dá lugar para este compartilhamento necessário. A vida só tem sentido quando espelhada em algo ou alguém. Vivemos com objetivos. Vivemos por alguém ou por alguma coisa que alguém precise ou se beneficie. É assim desde sempre. Nem o Buda no seu isolamento máximo, buscando a iluminação, fez por si. Tudo que ele fez foi para ser compartilhado. Até a própria necessidade de se isolar para se conhecer... Enfim, a vida me oferece coisas preciosas, todos os dias. Com algumas aprendo. Com outras teimo em não aprender. Fico achando que as coisas podem ser diferentes daquilo que são, que as pessoas podem ser diferentes daquilo que são... Inclusive eu. Mas, na verdade, pelo menos na minha verdade, a delicadeza das relações humanas me mostram, diariamente, que além das boas palavras, das palavras medidas e dos afetos ponderados, temos e imensa liberdade de escolher quem amamos. E amamos quem entendemos, não entendemos, quem, eventualmente queremos esganar e, sempre, precisamos por perto para compartilhar. Compartilhar o amor. Compartilhar o que a vida nos deu. Compartilhar a delicadeza desta tênue linha que nos une de forma inexorável. Cuidar com delicadeza dos meus amores é mais um objetivo que me imponho. Pensar antes de falar. E, quando falar, lembrar de dizer: Te amo! E te quero por perto!

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