segunda-feira, 18 de julho de 2011

Meu Time!

Viver em sociedade é, entre tantas coisas, fazer parte de grupos. Primeiro a família e depois amigos, vizinhos, escola, clube, time... Nasci sem time e cresci entre duas opções: Inter ou Grêmio. Quando criança o que nos faz escolher, com certeza, é a influência. No meu caso foi o meu pai, minha avó, alguns primos e muitos amigos. Meu pai é Colorado fanático. Me levava ao estádio com bandeira e tudo mais. Hoje agradeço. Adoro ser colorada e me sinto identificada com meu time e com este grupo de pessoas que, como eu, torcem para o Internacional. E aqui está uma coisa muito engraçada porque, apesar de toda racionalidade, torcer para um time se transforma em coisa passional. Difícil de explicar. Fico nervosa quando meu time joga. Não consigo assisitr cobranças de pênaltis e nem jogos de finais. A final do Mundial eu não cheguei nem perto da televisão. Depois do resultado fiquei em estado extremo de euforia. Caso para estudo... Casei com um colorado, minhas filhas são coloradas e torcemos sempre juntos. Comemoramos abraçados e temos, no mesmo time, mais uma coisa que nos une. Ficamos tristes com as derrotas e nos consolamos. A minha filha mais nova é sempre quem sofre mais quando o time perde ou joga mal. Então, nos unimos em volta dela para o abraço, o consolo e o retorno a razão... Pelo menos no discurso. Porque a bola começa a rolar e este processo todo de torcida, sofrimento e euforia volta com força total, com toda a irracionalidade das coisas passionais. Hoje, especialmente, fiquei revoltada, irritada e saltitando de braba pela casa, com a demissão do técnico do meu time. Paulo Roberto Falcão, jogador fantástico e ídolo do clube entrou, treinou e saiu sem ter tempo de fazer o que havia se proposto. Mandei email, telefonei, postei mensagnes e declarei meu descontentamento com a diretoria do meu clube. O que adiantou? Não sei. Aquele momento de descompasso e destempero precisava ser posto para fora. E foi. Como na comemoração do gol, o grito de euforia dá vazão a alegria,  o descontentamento precisa de voz, no lamento de quem é apaixonado e torce por um time. Usei os meios que dispunha e, depois da coisa passada, percebi mais uma vez, a insanidade momentânea que o futebol exerce sobre mim. Racionalidade de lado e mais uma vez reforço por aqui o meu descontentamento com o presidente do Internacional e a minha tristeza com a saída do Falcão... Quem torce para um time, seja o time que for, talvez entenda bem o que eu estou escrevendo e sentindo... E, sei que muitos colorados estão se sentindo como eu, neste exato momento.

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