sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

As Coisas que Vejo...

Sigo caminhando pela minha rua, linda e esburacada. As calçadas seguem irregulares e, o olhar não pode se perder na paisagem. Ele se perde nos próprios pés, para garantir a saúde física da caminhada. Entre cantos de pássaros e aromas de flores o Guaíba se descortina. Lindo e espelhado. O sol tímido dando o tom às suas águas. Movimento de carros. Um breve silêncio. As águas... O calçadão está repleto de pessoas que andam, correm e passam cegas a toda beleza ao redor. As pessoas olham para frente. Eu não consigo. Olho as pessoas. Olho a paisagem. Olho a vida passando nestes minutos de pura alegria e paz. A paz de cada passo. De repente, música. Alguém passou ouvindo um som em alto e bom som. Naquele caso - mau som. Duas mulheres em conversa estridente. Reclamações. Uma briga dentro de um carro. E, as coisas que eu vejo não são mais as que gostaria de ver. Queria, por um instante, ver o esplendor do Guaíba, na quietude do dia e na paz das horas. Hoje, as pessoas atrapalharam a paisagem. Nem sempre é assim. Ou, pelo menos, nem sempre vejo desta maneira. As coisas que vi, no retorno, foram bem melhores... A rua estava vazia!

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