sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Dor Cansa!

As perdas e as frustrações deixam o corpo acabado. Dói. Um cansaço físico e moral se intala de forma inacreditável e, por mais que não queira, acabo sucumbindo. Perdi minha tia querida. Minha tia Jane! Já escrevi sobre ela e escrevi para ela. Aliás, ela como grande leitora que sempre foi, me influenciou de várias maneiras. Na curiosidade e amor pelos livros. Achava que eu deveria escrever e me incentivou muito. Adoeceu. Foi para uma clínica e apagou. Literalmente, a chama da vida foi se apagando. E ela foi. Consegui ficar em volta do corpo sem vida e me despedi. Tivemos uma longa conversa. Parece loucura, mas o pensamento conversa longamente na hora da partida de quem amamos. Estou com um cansaço na alma. Com uma dor de vazio que não tem descrição. A perda acontece em vários momentos. Mas, talvez, a perda mais massacrante seja a das memórias. Enquanto lembramos, mantemos de alguma maneira aquela pessoa próxima e viva. As memórias também trazem a dor e o cansaço dos arrependimentos e da saudade. Acho que nunca fazemos o suficiente para quem amamos. E, se fazemos, achamos que não. Luto talvez seja a expressão mais adequada para esta fase; é uma fase de conflitos e etapas. Mas é uma fase. Estou cansada. O corpo está exausto pela falta de sono e a agitação interna que a tristeza traz. Mas me sinto obrigada a fazer pela minha querida tia, uma espécie de obituário. Uma ode à vida. Algum tipo de homenagem. Mas nada se apresenta. Não consigo formular muita coisa a não ser estas palavras de desabafo... Vou deixar meu coração se acalmar. Depois presto a homenagem que ela merece. Por enquanto, só o meu amor!

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