segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Saudade até que é bom?

Saudade! Lágrimas de saudade. E, depois, a alegria do reencontro. Tenho vivido assim há tanto tempo. Quando criança vivia longe dos meus avós. Depois vivi longe do pai, dos amigos... A família foi se mudando. Saíram da cidade e mudaram de estado, país... Distância que dói na alma. Saudade de compartilhar as pequenas coisas. As lágrimas de saudade são diretamente proporcionais às risadas de reencontro. E a vida segue seu ritmo entre despedidas, longos abraços, correspondência eletrônica e uma conta imensa de telefone. A saudade acompanha a minha vida ou eu me visto de saudade, todos os dias. Sou nostálgica por natureza. Além da falta que sinto de quem está distante fisicamente, tenho saudade dos momentos vividos. Saudade das ruas, dos cheiros e das pessoas do passado. Aquelas velhas senhoras que viviam na minha rua. Saudade daquela padaria, ou bar, ou até do cinema... Existiam cinemas fora de shopping. Cinemas em que as filas se formavam na calçada. Tenho saudade do Marrocos, do ABC, do Cacique e do Imperial. Tenho saudade das casas demolidas que dão lugar a prédios impessoais. Tenho saudade das pessoas que viviam por ali. Naquelas casas demolidas em que fazíamos "reuniões dançantes"... Onde estarão as pessoas que cresceram naqueles casarões do Menino Deus? E as crianças que andavam de bicicleta pelas calçadas? Aquelas que pulavam corda ou brincavam de elástico? Saudade delas e, também, um pouquinho de saudade de mim...

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