quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Coisas que o Caio Fernando Abreu escreveu antes de mim...

(...) Talvez eu tenha medo demais, e isto chama-se covardia. Fico me perdendo em páginas de diários, em pensamentos e temores, e o tempo vai passando. Coverdia é uma palavra feia. Receio de enfrentar a vida cara a cara. Descobri que não me busco ou, se me busco, é sem vontade nenhuma de me achar, mudando de caminho cada vez que percebo uma luz. Fuga, o tempo todo fuga, intercalada por períodos de reconhecimento. Suavizada, às vezes, mas sempre fuga.

Um comentário:

  1. não sei cara amiga até que ponto fuga se confunde com ceticismo, com a percepção de que o sentido das coisas é um atributo humano e que a realização da mais autentica vontade um caminho dificil como já sabiam filosofos como Nietzsche ou, mais radicalmente, Wittgenstein,rs....Normalmente nos guiamos por ilusões de transformações sem perceber que a mera redefinição de nossa codificação da realidade e do mundo é tudo que importa nas releituras de nós mesmos.... Falando mais pessoalmente eu não me sinto, por exemplo, contínuo, pouco me vejo na criança ou adolescente que fui um dia, me sinto vários de mim definidos pelo passar do tempo e de mim mesmo...Agora mesmo estou me redescobrindo.

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