terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Livros...

O ano que se inicia necessita de livros. Muitos livros para serem lidos. Me deliciei no balaio da FNAC e, trouxe para casa, livros de R$10,00 à R$1,00. Nada como leitura de saldo. O prazer é ainda maior.
Entre estes saldos descobri o livro "Reverência pela Vida" do Rubem Alves. Estou encantada com suas palavras e, separei um pedacinho para vocês. Aliás, a parte que separei tem a ver com o tempo - assunto que me interessa e intriga. Espero que gostem...

"Quanto tempo se leva para cortar uma árvore? Uns poucos minutos e tudo está terminado. Mas, para sentar à sombra da árvore que se está plantando, muito tempo terá de passar. Terá de haver uma longa espera, e paciência. É sempre assim. Os caminhos da morte são mais rápidos. Por eles andam os que têm pressa. Já os caminhos da vida são vagarosos. É preciso caminhar na esperança..." (Rubem Alves)

Complementando sobre as minhas angústias... O tempo que se esvai. Tenho cuidado do meu jardim com zelo e amor. Sinto uma felicidade indescrítivel a cada muda que planto na terra. Assistir o crescimento com paciência têm sido uma constante nos meus dias. Uma ode à vida. Espero pela sombra da minha acácia. Espero pela sombra do limoeiro e da pitangueira. Espero pela sombra da calmaria da vida. A morte é a pressa. A falta de tempo para contemplar e amar é a morte. Em todos os seus mórbidos sentidos. Viver, talvez seja um longo exercício de paciência. Acordar com a consciência de que se respira. Encarar o dia com a certeza de que aqueles momentos se vão, sem volta, e desperdiçá-los é matar-se aos poucos... Fica aqui esta reflexão. Tenho sentido uma emergência de vida. Talvez seja a proximidade dos 50... Talvez tenha sido o meu grande aprendizado... Talvez.

2 comentários:

  1. Corina, eu a-m-o Rubem Alves! Amo, amo, amo.
    Como não pude trazer meus livros prediletos, sempre que posso, visito a página dele na web, é um delicinha.
    Beijo e boas leituras.
    Gloria Dettmar

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  2. Minha cara, tenho nestes últimos tempos amargando o sentimento do passar de coisas e pessoas dentro de mim mesmo, descobrindo o peso da perenidade como circunstância elementar da existência...Acho que tenho remoido isso mais do que devia, mas percebo que meu olhar e sentimento sobre as coisas está mudando aos poucos no processo. Acho que aprendo a viver sem grandes entusiasmos dos pequenos prazeres do cotidiano totalmente despido de qualquer imagem de Ser, cada vez mais me sinto em tudo "corpo"...

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