domingo, 22 de maio de 2011

Dia de Sol

E o tempo segue influenciando os meus dias aqui, pela cidade maravilhosa... Quando estou longe de casa demoro para reencontrar a calmaria da alma. Sinto saudade da minha raiz, fincada lá na minha terra. Talvez, por isto, não seja uma grande viajante. Há quem ame desvendar o mundo. Eu desvendo de outra formas. Talvez pelo olhar dos outros, que é o que me traz maior conforto. Não o conforto do comodismo, mas o conforto da alma. Fico inquieta demais quando estou longe do meu espaço. Espaço construido com as paredes de livros e afetos. Sou assim. Uma estranha no mundo atual. Um mundo de movimento e transformação. Um mundo sem fronteiras. Ou quase. Mas, quando saio vivencio ao máximo aquilo que me é proporcionado. Ontem desvendei à pé, os caminhos das praias da cidade. Caminhando do Leblon até Copacabana, com o olhar perdido na imensidão do mar e, com a agradável parceria de amigos queridos. A caminhada foi tão agradável que nem sentimos o quanto andamos. Demos uma parada estratégica na Pedra do Arpoador, lugar que gosto muito. Depois de contemplar o que a natureza tem para me oferecer, segui mais alguns passos, no meio de muitas pessoas e de muitas paisagens. Fiquei inquieta de alegria. Uma inquietação maravilhosa que só tem a acrescentar. Desta inquietação eu gosto. E muito! E o dia de sol me deu um céu azul, um vento carinhoso no rosto e uma imensa alegria no coração.

Um comentário:

  1. Que lindo diario de viagem! Queria também me sentir em casa em algum lugar...Mas tenho habitado o vento na rotina e no cotidiano perdido no labirinto das iguais paisagens que me prendem os olhos.A arte de olhar é uma sutil forma de evasão que não retrata a paisagem que nos habita em qualquer lugar.O fato é que só vc pode ver esta estranha cidade como vc vê... E em teus olhos e alma ela parece linda quando é apenas vc que pode ser vista em sua cronica, em sua descrição de intimidade e alma dos espaços cariocas

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