segunda-feira, 30 de maio de 2011

Em Que Mundo Você vive?

Estava por aqui, garimpando boas leituras e descobri uma série de textos interessantes na Revista Filosofia. Cansei das notícias da Veja, Época e do caos dos jornais. As coisas já se apresentam de maneira caótica sem o olhar maldoso e pessimista da mídia. Então, indo atrás de outro tipo de leitura me deparei com o texto que discute a "realidade" como uma coisa igual, compartilhada por todos. E vem a questão fundamental... Só existe uma realidade? Ou será que a nossa visão de mundo nos apresenta inúmeras realidades? Quando falam em realidade, cotidianamente, apresentam de maneira única, como se todos estivessem de acordo em como as coisas se apresentam. Só que existem várias linhas que compõem o tecido da realidade, como diz, Luiz Mauro Martino, em seu texto. Existe a "realidade" de quem a vive e a "realidade" de quem assiste. Ou seja, aquilo que eu vivo eu entendo da maneira como esta vivência me atinge, me toca. Aquilo que o outro percebe tem a ver de outra maneira, como ele me vê neste contexto. Ou seja, só aqui, já existe mais de uma realidade. Os fatos se apresentam de forma objetiva, mas a leitura que fazemos deles são diferentes. Tem a ver com a maneira como eu vejo as coisas que se apresentam diante dos meus olhos. Se há um crime, por exemplo, ele aconteceu como um fato, mas a maneira que eu entenderei este crime pode ser diferente. Isto é outro fato. A mídia, de um modo geral, nos apresenta as coisas de modo drástico, dramático e pessimista. Não que eu ache que o mundo é um mar de rosas, mas acredito firmemente que, atrás de ações abomináveis, existem outras tantas extremamente importantes e felizes. No sentido de que existem inúmeras pessoas fazendo coisas muito bacanas por aqui. Elas só não são notícia. O que é uma pena. A "realidade" fica mais dura. E a gente custa mais a sonhar, a acreditar... E um mundo cheio de coisas terríveis, fica mais terrível ainda. A educação está um caos? Não tem investimento? É certo. É fato. Mas existem ações maravilhosas, individuais, que fazem a diferença Brasil afora. Quem sabe se tivéssemos mais notícias assim a "realidade" seria mais branda? Ou será que só o mundo em que eu vivo é capaz de produzir coisas fantásticas?

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