quinta-feira, 26 de maio de 2011

Escrever!

Adoro ler. Amo escrever. Escrever é uma libertação. Um nascer diário através das palavras. Um redescobrir-se constante. Quando escrevo exercito uma catarse, um modo de liberdade. Coloco para fora todos os meus bichinhos, os demônios, as coisas que me assombram. E, ao mesmo tempo, me sinto acarinhada por anjos de longas asas brancas e macias. Numa sensação mágica de prazer e paz. Escrever é magia. Falar de si ou do outro. Perceber ou equivocar-se. É um exercício, no meu caso, de autoconhecimento. Escrevo diários desde muito pequena. E mantive o hábito de escrever sobre as impressões do dia, dos acontecimentos pessoais, nacionais e internacionais, em um exercício de escrita. Fui aprendendo a colocar as palavras por ali, no papel, em cadernos, blocos e agendas. Escrevi histórias, contos, poemas e, ao longo dos anos, fui guardando tudo em gavetas, estantes... Aqui foi o meio que encontrei para colocar, aos poucos, as coisas que venho escrevendo. Aqui foi um lugar de manifestação. Furei um enorme bloqueio que autoimpus. Este termo nem deve existir, mas me senti sempre assim, sem coragem de colocar os poemas para os outros ou, as minhas pequenas impressões, também. Então, a vida me ofereceu coragem de publicar, por aqui, as coisas que me dão prazer e alegria. As pequenas palavras diárias. Os poemas que escrevo. Um pouco de mim exposta para os outros, para as críticas e para tentar crescer mais um pouquinho... O Rubem Alves, disse em uma palestra, que escrever é uma pretensão de imortalidade. Talvez seja. Ou talvez seja simplesmente o que nos convence da finitude...

2 comentários:

  1. Koka, querida!

    Continue escrevendo sempre, adoro ler tuas poesias e tudo mais. Este sentimento que tens pela leitura, escrita é o que tenho pela costura... se é que consegues me entender. Quando pego um trabalho manual para fazer viajo muito longe... é maravilhoso! Bjs

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  2. Existimos através da palavra, inspirando um pouco na filosofia da linguagem de Ludwig Wittenstein, diria que tudo que somos é gramatica viva e nervosa codificando a realidade em jogos de linguagem e sentido...

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