quarta-feira, 2 de maio de 2012

A felicidade em estar viva!

São tantas as coisas pelas quais vale a pena viver... Quando nos deparamos com a morte, cada uma delas vai triplicando seu valor. No avião, na minha última viagem, passei por um susto. Um imenso e apavorante susto. O avião deu um "estalo" e caiu por alguns segundos. Uma gritaria, pedidos de socorro e muitos "ai meu Deus" depois, e o avião voltou ao normal. Gargalhadas. Muita conversa e algumas indignações. Passou! Não caiu. Não morremos. Mas, em breves segundos surgem todas as questões "e se...". Então, vem a triplicada valorização da vida. Primeira coisa que fiz foi ligar para as minhas filhas. Uma não atendeu. A outra ficou perplexa. E, depois de algum tempo, tinha a filha que não atendeu ao telefone em lágrimas, também pensando no "e se...". E a vida segue com um outro sentido. Somos seres efêmeros. E a vida é muito breve. Não temos todo o tempo do mundo. Somos finitos. Se existe alguma coisa depois, não sei. Sei que existe o "aqui e agora" e ele vale cada segundo da minha vida. A chuva caindo no meu rosto, o sol me aquecendo, o vento e todas as coisas que consigo enxergar... Valem a vida. Meus amores - Minhas filhas, meu marido, meus pais, meu irmão, meus sobrinhos, meus afilhados, todos os parentes e amigos, valem a vida. Cada momento passado com afeto, cada risada, cada lágrima, valem a vida. E as coisas pelas quais valem a pena viver são inúmeras. Desde o acordar de manhã com o clima que estiver, na cama que for possível, e do jeito que der... Até as grandes façanhas, as grandes conquistas e as grandes alegrias. A vida se faz das pequenas e grandes coisas. Dos momentos que nem percebemos ter vivido até aqueles que vivemos intensamente, sorvendo cada instante dele, com prazer e avidez. Levei um susto. Senti medo, é verdade. Mas, como tudo, tive a oportunidade de aprender mais uma coisa. Aprendi que a vida se expressa em todos os segundos, inclusive naqueles em que estamos sonhando. E, precisamos cuidar da vida que temos, que conhecemos, do "aqui e agora", com responsabilidade e carinho. E, SEMPRE, saber o que é a felicidade e o quanto a possuimos. Viver com o compromisso de ser feliz já era uma meta para mim. Agora é uma certeza que conquisto a cada instante. Escrevendo aqui, sorrindo em cada palavra digitada, expressei mais uma vez a alegria do avião ter me assustado. Só assustado e ter permanecido no ar... Não morri. O avião não caiu. E estou aqui. Que felicidade!

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